Ano Novo, Vida Nova!
- Alexandra Azevedo
- 5 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Todo ano chega aquela época em que refletimos a respeito de nossa vida. Fazemos um balanço, avaliamos o que foi bem no ano que está acabando e o que deixou a desejar. Cientes de que nossos conflitos mais profundos permeiam todas as escolhas, ações e desejos, dizemos esperançosos: Ano Novo, Vida Nova! A frase pode ser instigante, mas quando estamos bem, nem pensamos em nossas fraquezas, falhas e limitações. Autoaceitação é crescimento!
Aparentemente, não há nada de errado em ter vontade de crescer e melhorar, e isso tampouco significa não gostar de quem você é neste momento. Porém, a busca pela perfeição pode ser tornar uma verdadeira auto-tortura.
Claramente, a jornada pelo autoconhecimento não é um processo simples, e segue em ritmo individual. Para alguns, parece ser algo inatingível ou um daqueles conceitos abstratos que nunca poderão ser concretizados. Essa experiência é muito comum entre as pessoas
homossexuais e transgênero, que enfrentam rejeição regularmente, geralmente das pessoas de quem mais precisam e de quem mais gostam: seus familiares. Com o tempo, passam a aceitar essas rejeições, e frequentemente desenvolvem auto-rejeição. Adicione a isso o estigma de doença mental associado à experiência LGBTQ+ e não se surpreenda se o melhor amigo dessa pessoa for o seu cachorro.
O trabalho da autoaceitação nos ajuda a entender que aprender a se aceitar como somos (e não somos) é um ato de mudança e crescimento pessoal. Não tenha vergonha ou medo de ser você, nem fique esperando aceitação dos outros. Promova sua autoaceitação, reconhecendo, valorizando e aprovando você mesma de forma integral, incluindo seus defeitos e qualidades.
Aqui estão 3 maneiras pelas quais você pode começar a trabalhar em sua autoaceitação:
1. Reconheça para si mesmo e para os outros o que você fez bem feito. É, isso significa se gabar um pouco! Seja como as crianças, que se gabam por qualquer coisa, até mesmo de sua fase banguela. Por que não se vangloriar por conseguir dar aquela caminhada de 10 minutos? Afinal, 10 minutos é melhor que nada.
2. Reconheça para si mesmo e para os outros as suas limitações. Às vezes é melhor esclarecer às pessoas que você não tem boa memória, assim pode evitar ressentimentos daqueles a quem não consiga lembrar o nome. Seus familiares vão ficar menos frustrados quando você não conseguir encontrar a chave do carro e terão boa vontade para te ajudar a procurá-la.
3. Reconheça a si mesmo e aos outros que você fez o melhor que pode com o que tinha e sabia no momento. Ninguém é perfeito. Falhas são inevitáveis. Assim, você tira nota 10 pelo esforço que faz.
A mudança que buscamos no Ano Novo, pode estar dentro de nós. Autoaceitação é uma ação que dirigimos a nós mesmos quando aceitamos tudo aquilo que somos, o que fazemos, falamos, pensamos e sentimos. É conhecermos e aceitarmos nossos pontos fracos e fortes. É saber que temos limites e potencialidades. É lidarmos com tudo isso com leveza, lembrando que somos únicos, que não há ninguém igual a cada um de nós na Terra, e que a vida que em pulsa em nós é pura beleza e perfeição.

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